domingo, 6 de janeiro de 2013

Músicas para Escrever XLI, The Echelon Effect - Sleep Patterns


São sons de fundo: conversas, sussurros, passos, folhas de papel, músicas, vento, chuva, mar...
Em determinados momentos, para alguém avançar, alguém tem que ceder. Outras vezes, alguém tem que ceder para alguém avançar. Em algum dos casos, jogando correctamente  ninguém perderia porque, sempre que há mais do que uma pessoa no mesmo lugar, não é só um que aprende.
E se cedermos os dois? E se aprendermos os dois, um do outros, juntando os nossos sons, as nossas vivências, os nossos saberes, as nossa memórias?
Uma cedência não tem que ser uma imposição de uma das partes. De imposições estamos todos nós cansados e, talvez por isso, aprendemos a não ceder, vendo na cedência um sinal de fraqueza. Seguimos caminho diferentes mas, em determinado ponto, esses caminhos podem cruzar-se e, aí, não temos que virar costas um ao outro e voltar a seguir esses caminhos distintos. Podemos aproveitar esse vértice para comunicar, para receber e dar recomendações, para pedir ou dar ajuda. Por vezes, há até caminhos diferentes que se percorrem lado a lado e esse pequeno espaço que os separa não precisa de ser um muros de impedimentos para caminhar com palas.
Se me permitires, eu cedo e saltarei essa pequena distância que nos separa para fazer parte do caminho contigo e tu poderás fazer o mesmo, que te receberei de bom grado. Se a distância for maior, estou aqui para me certificar que não cais num abismo qualquer que possa existir nesse pequeno espaçamento que aparta os nossos caminhos  Há momentos em podemos e devemos transgredir para quebrar a monotonia que nos envolve. Agora, qual de nós salta?




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