Está frio.
Ajo mecanicamente para abrir o carro, sento-me e ligo o motor. Tento que algum ar quente aqueça este pequeno espaço.
No vidro embaciado, onde o meu olhar se vai perdendo, começo a imaginar todas e mais algumas formas. Desenhos infantis de espaços percorridos e vividos, sorrisos e rostos tristes que batalham entre si, memórias que se opõem na ânsia de algum triunfo e eu poderia ditar um vencedor ou, quem sabe, não. Nem "tudo é previsto, calculado ou comunicado".
O vidro vai ficando limpo e, aos poucos, essas memórias vão-se dissipando e dão lugar a um imaginário que me vai ocupando e me leva até onde não me decidi ainda dirigir porque nem "tudo é previsto, calculado ou comunicado".
1 comentário:
:)
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