sábado, 29 de dezembro de 2012

Músicas para Escrever XXXI, The Best Pessimist - Closeness


Foi o despertar mais angustiante da última temporada de noites mitigadas por pesadelos, no entanto, desenganem-se os que pensam que este angustiante despertar me libertou de um pesadelo. Pelo contrário, foi angustiante porque me despertou de um sonho que quase se tornava realidade, à medida que tudo se ia colorindo. Foi a noite de descanso mais arrebatador depois de tantas noites em que acordei sentido-me afogar sem conseguir vir à superfície e gritar por ajuda.
Esse sonho foi a cura, aliás, não foi, mas seria se não tivesse acordado. Insisto em continuá-lo sempre que me leva para longe a imaginação. E volto ao ponto de partida para esse meu despertar angustiante. Tudo é tão nítido como muitos poucos sonhos que tive até hoje.
Onde foi tudo isto? Onde estava eu?
Tudo me parecia familiar. Eu já vivi ali, seguramente. Conheci todos os espaços e quem lá estava não tinha feições desconhecidas.
Hoje deito-me na esperança de lá voltar e conseguir-me libertar desse rio de esquecimento onde me tenta derrotar o afogamento e nadar até uma margem segura. Então, aí, saberei onde encontrar essa realidade ou utopia, não me fará grande diferença, esperando não chegar demasiado tarde!



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