Foi o despertar mais
angustiante da última temporada de noites mitigadas por pesadelos,
no entanto, desenganem-se os que pensam que este angustiante
despertar me libertou de um pesadelo. Pelo contrário, foi
angustiante porque me despertou de um sonho que quase se tornava
realidade, à medida que tudo se ia colorindo. Foi a noite de
descanso mais arrebatador depois de tantas noites em que acordei
sentido-me afogar sem conseguir vir à superfície e gritar por
ajuda.
Esse sonho foi a cura,
aliás, não foi, mas seria se não tivesse acordado. Insisto em
continuá-lo sempre que me leva para longe a imaginação. E volto ao
ponto de partida para esse meu despertar angustiante. Tudo é tão nítido como muitos poucos sonhos que tive até hoje.
Onde foi tudo isto? Onde
estava eu?
Tudo me parecia familiar.
Eu já vivi ali, seguramente. Conheci todos os espaços e quem lá
estava não tinha feições desconhecidas.
Hoje deito-me na
esperança de lá voltar e conseguir-me libertar desse rio de
esquecimento onde me tenta derrotar o afogamento e nadar até uma
margem segura. Então, aí, saberei onde encontrar essa realidade ou utopia, não me fará grande diferença,
esperando não chegar demasiado tarde!
Sem comentários:
Enviar um comentário